Na minha ânsia de aprendizagem, além de consultas a diversos sites de cachimbos e tabacos, também procurei livros sobre o assunto. Adquiri 5 livros editados no Brasil, todos sobre tabacos e cachimbos. São de leitura recomendada, alguns mais que outros. Minha busca não termina aqui. Vou caçar edições de livros famosos sobre cachimbos, publicadas no exterior.
1 - "Tabacos e Cachimbos - De Cristovão Colombo até hoje", de Alfredo A. Maia. São Paulo, Ed. Scorteci, 2008. O melhor dos 3 livros que já li, disparado. Comprei-o diretamente do autor e recebi minha cópia com uma dedicatória. O que mais me chamou a atenção neste livro foi o capítulo sobre tabacos. Completo e didático, é uma referência para qualquer cachimbeiro. O autor é membro ativo da cAc.
2 - "O Cachimbo - Ontem, hoje e amanhã", de Ferdinando Lombardo. Brasília, Ed. Thesaurus, 2006. O capítulo mais importante deste livro é o que trata de cachimbos, apesar de o autor também dedicar capítulos a tabacos e a artesãos. Porém, o autor peca por apresentar ao leitor uma visão viesada, enfatizando seus gostos pessoais.
3 - "Sua Excelência o Cachimbo", de Carlos Alberto de Ranieri. São Paulo, 1986. O autor é o proprietário da antiga fábrica de cachimbos brasileira Ranieri. O ponto alto deste livro é uma descrição um pouco mais detalhada do processo de fabricação de cachimbos, com considerações sobre a qualidade da madeira. Outra curiosidade, são alguns 'causos' isolados que o autor apresenta.
4 - "Cachimbo Amigo", de Herres de Souza. Ed. Siqlo, 2003. Livro adquirido online, porém ainda não recebido.
5 - "História do Cachimbo". Departamento Farmacêutico Laboratório Ciba, 1970. Livro adquirido online, porém ainda não recebido.
Este não é mais um blog sobre cachimbos ou sobre a arte de cachimbar. Seria mais um registro cronológico de minha aventura no mundo fascinante e cativante dos cachimbos.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Formatos de cachimbos
Navegando pela net encontrei esse link, onde além do quadro com os nomes e fotos dos formatos de cachimbos, pode-se clicar em cada formato para se ter acesso a uma explicação mais detalhada.
http://aspipes.org/shapes-chart/
http://aspipes.org/shapes-chart/
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Comprando cachimbos e tabaco no exterior
No final de maio viajarei com minha esposa para a Argentina. Fiz uma pesquisa na internet e achei duas tabacarias perto do hotel em que estarei hospedado em Buenos Aires: Tabaquería Inglesa, http://www.tabaqueriainglesa.com.ar e Casa Lotar, http://www.lotar.com.ar/. Após contato com o Marcelo do blog DoCachimbo, descobri que os preços de tabacos e cachimbos na Argentina são mais baixos que no Brasil - parece que especialmente os preços de tabacos -, pelo que o Marcelo averiguou. Pois bem, já me programei para visitar essas duas tabacarias e comprar tabacos e cachimbos.
Aí me bateu a dúvida: quanto posso trazer ao país? Novamente, o Marcelo me iluminou a dúvida e esclareceu que o limite máximo para compras de tabacos no exterior é de 250 g. por pessoa. Pesquisando mais a fundo, descobri que o limite máximo é realmente de 250 g. por pessoa, e que este limite quantitativo deve ainda estar dentro do valor máximo de US$500,00 (ou US$300,00, a depender da via de entrada ao país) por pessoa para compras no exterior isentas de pagamento de imposto, de acordo com a Instrução Normativa RFB 1.059/2010.
Porém, a RFB não determina nada com relação aos cachimbos. Não sou advogado, mas fazendo um exercício de interpretação desta Instrução, cheguei à seguinte conclusão: a Instrução Normativa define, em seu artigo 2 que bagagem são os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais e - ainda mais importante - que bens de uso ou consumo pessoal são os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, em natureza e quantidade compatíveis com as circunstâncias da viagem. Há item de uso mais pessoal que seu amado amigo cachimbo?
Mas, por que o destaque na definição de bens de uso e consumo pessoal? Porque mais à frente, no artigo 33 a Receita Federal do Brasil determinou que alguém procedente do exterior poderá trazer em sua bagagem acompanhada, com a isenção dos tributos livros, folhetos, periódicos, bens de uso ou consumo pessoal, além dos demais bens que observem o limite global de US$300,00 em viagens por meio terrestre, fluvial e lacustre e US$500,00 por via marítima ou aérea.
Portanto, a compra de alguns poucos cachimbos no exterior estaria isenta do pagamento de impostos de importação e tampouco estaria incluída no limite máximo de US$300,00 ou US$500,00 por se tratar de bem de uso pessoal. Mas quantos cachimbos exatamente? Na verdade, não há uma regra geral que defina essas quantidades. Isto vai da sensibilidade do agente da RFB naquele momento e do tempo de permanência no exterior. Os cachimbos necessitam descansar 48 horas antes de serem fumados novamente, portanto, este fator deve ser considerado quando pensarmos em uma quantidade razoável. De todas as maneiras, não convém trazer as caixas dos cachimbos na viagem de volta e vale muito a pena havê-los fumados, para dar o atestado de pessoal aos cachimbos!
Quanto a charutos, a Instrução Normativa é bem clara e define como 25 unidades a quantidade máxima, incluídas nos mesmos US$300,00 ou US$500,00 de limite de gastos.
Não se deve esquecer que há ainda a possibilidade de se gastar mais US$500,00 em freeshops de aeroportos, embarcações marítimas ou áreas de fronteira terrestre. Porém, há sempre que se ficar atento às quantidades máximas.
Resumindo, para os cachimbeiros: a compra de tabaco está incluída no limite máximo de compras no exterior de US$500,00 ou US$300,00, a depender do modo de ingresso ao país, e ainda à quantidade máxima de 250 g. por pessoa. Já os cachimbos estariam totalmente isentos, por se tratarem de itens de uso pessoal, a depender da quantidade transportada.
Aí me bateu a dúvida: quanto posso trazer ao país? Novamente, o Marcelo me iluminou a dúvida e esclareceu que o limite máximo para compras de tabacos no exterior é de 250 g. por pessoa. Pesquisando mais a fundo, descobri que o limite máximo é realmente de 250 g. por pessoa, e que este limite quantitativo deve ainda estar dentro do valor máximo de US$500,00 (ou US$300,00, a depender da via de entrada ao país) por pessoa para compras no exterior isentas de pagamento de imposto, de acordo com a Instrução Normativa RFB 1.059/2010.
Porém, a RFB não determina nada com relação aos cachimbos. Não sou advogado, mas fazendo um exercício de interpretação desta Instrução, cheguei à seguinte conclusão: a Instrução Normativa define, em seu artigo 2 que bagagem são os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais e - ainda mais importante - que bens de uso ou consumo pessoal são os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, em natureza e quantidade compatíveis com as circunstâncias da viagem. Há item de uso mais pessoal que seu amado amigo cachimbo?
Mas, por que o destaque na definição de bens de uso e consumo pessoal? Porque mais à frente, no artigo 33 a Receita Federal do Brasil determinou que alguém procedente do exterior poderá trazer em sua bagagem acompanhada, com a isenção dos tributos livros, folhetos, periódicos, bens de uso ou consumo pessoal, além dos demais bens que observem o limite global de US$300,00 em viagens por meio terrestre, fluvial e lacustre e US$500,00 por via marítima ou aérea.
Portanto, a compra de alguns poucos cachimbos no exterior estaria isenta do pagamento de impostos de importação e tampouco estaria incluída no limite máximo de US$300,00 ou US$500,00 por se tratar de bem de uso pessoal. Mas quantos cachimbos exatamente? Na verdade, não há uma regra geral que defina essas quantidades. Isto vai da sensibilidade do agente da RFB naquele momento e do tempo de permanência no exterior. Os cachimbos necessitam descansar 48 horas antes de serem fumados novamente, portanto, este fator deve ser considerado quando pensarmos em uma quantidade razoável. De todas as maneiras, não convém trazer as caixas dos cachimbos na viagem de volta e vale muito a pena havê-los fumados, para dar o atestado de pessoal aos cachimbos!
Quanto a charutos, a Instrução Normativa é bem clara e define como 25 unidades a quantidade máxima, incluídas nos mesmos US$300,00 ou US$500,00 de limite de gastos.
Não se deve esquecer que há ainda a possibilidade de se gastar mais US$500,00 em freeshops de aeroportos, embarcações marítimas ou áreas de fronteira terrestre. Porém, há sempre que se ficar atento às quantidades máximas.
Resumindo, para os cachimbeiros: a compra de tabaco está incluída no limite máximo de compras no exterior de US$500,00 ou US$300,00, a depender do modo de ingresso ao país, e ainda à quantidade máxima de 250 g. por pessoa. Já os cachimbos estariam totalmente isentos, por se tratarem de itens de uso pessoal, a depender da quantidade transportada.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Um pouco de história
Como recentemente adquiri um cachimbo Jeantet e um Comoy's, me interessei por buscar a história destas duas fabricantes européias de cachimbos. Em um dos links abaixo está um pouco da história da Jeantet, atualmente uma das marcas da Chapuis-Comoy, fabricante dos cachimbos Chacom.
O segundo link conta a história da Comoy's e apresenta um guia de como datar seus cachimbos pré-1980 que, de acordo com o autor do texto, são os Comoy's de verdade.
O terceiro link é do pipedia, contando a história da Comoy's. Neste, dá uma idéia mais geral da saga das duas famílias.
Na verdade, estes meus dois cachimbos possuem uma história em comum, datada do século XIX, por conta dos primos Henri Comoy, Charles Chapuis e Louis Chapuis... É ler para entender mais.
Para entender um pouco mais: (transcrição do livro "Tabacos e Cachimbos", de Alfredo A. Maia)
"Chacom: marca francesa, de Saint Claude, pertencente à Chapuis-Comoy, criada em 1928...
Chapuis-Comoy: marca francesa, fundada em 1825... A empresa é resultado da união de duas famílias (Chapuis e Comoy)com ramificações na Comoy's of London, que foi fundada na Inglaterra por François Comoy.
Comoy's: marca inglesa fundada em 1825 por François Comoy*, portanto muito ligada à Chapuis-Comoy da França. Por volta de 1980 a marca foi adquirida pela Oppenheimer e colocada sob administração da Cadogan..."
* François Comoy é o pai do Henry Comoy mencionado acima.
http://www.pipephil.eu/logos/en/infos/jeantetusine-en.html
http://www.derek-green.com/comoy_history03.htm
http://pipedia.org/index.php?title=Comoy's
O segundo link conta a história da Comoy's e apresenta um guia de como datar seus cachimbos pré-1980 que, de acordo com o autor do texto, são os Comoy's de verdade.
O terceiro link é do pipedia, contando a história da Comoy's. Neste, dá uma idéia mais geral da saga das duas famílias.
Na verdade, estes meus dois cachimbos possuem uma história em comum, datada do século XIX, por conta dos primos Henri Comoy, Charles Chapuis e Louis Chapuis... É ler para entender mais.
Para entender um pouco mais: (transcrição do livro "Tabacos e Cachimbos", de Alfredo A. Maia)
"Chacom: marca francesa, de Saint Claude, pertencente à Chapuis-Comoy, criada em 1928...
Chapuis-Comoy: marca francesa, fundada em 1825... A empresa é resultado da união de duas famílias (Chapuis e Comoy)com ramificações na Comoy's of London, que foi fundada na Inglaterra por François Comoy.
Comoy's: marca inglesa fundada em 1825 por François Comoy*, portanto muito ligada à Chapuis-Comoy da França. Por volta de 1980 a marca foi adquirida pela Oppenheimer e colocada sob administração da Cadogan..."
* François Comoy é o pai do Henry Comoy mencionado acima.
http://www.pipephil.eu/logos/en/infos/jeantetusine-en.html
http://www.derek-green.com/comoy_history03.htm
http://pipedia.org/index.php?title=Comoy's
domingo, 1 de maio de 2011
Primeiras impressões do Jeantet 80th Anniversary e otras cositas más
Adquiri online, de uma coleção particular, um Jeantet Al Pascia 1906-1986 formato pot. O cachimbo nunca havia sido fumado e não possuía qualquer tipo de preparo inicial no fornilho, era madeira nua mesmo.
Foi meu primeiro modelo totalmente reto e entendi porque recomendam modelos assim para novatos. Esquenta menos e é mais fácil de fumar.
Já o fumei duas vezes com o Pirate Kake da Cornell & Diehl (70% latakia cipriano). Já na segunda fumada deu pra perceber uma grande diferença para a primeira. Sente-se o gosto do tabaco de uma forma menos amarga e parece que o sabor do Latakia se destaca ainda mais, o que deixou a fumada muito mais saborosa.
Com certeza este cachimbo ainda vai melhorar muito à medida que o bolo for se formando, mas a segunda fumada já foi extraordinariamente gostosa. Creio que esta grande diferença da primeira para a segunda fumada tem a ver com o fato de esse cachimbo não possuir qualquer tipo de preparo inicial no fornilho.
Além de tudo isso, o cachimbo é extremamente leve e gostei bastante desse fato.
---
Recentemente adquiri outro cachimbo de coleção particular. Este já foi fumado e é um Comoy's Satina formato canadian. Este cachimbo foi muito bem cuidado e passou por uma manutenção e revisão básicas antes de ser posto a venda.
Imagens do cachimbo:
---
Adicionalmente, estou lendo o livro do Alfredo Maia "Tabacos e Cachimbos". Leitura obrigatória para todos os cachimbeiros brasileiros. Recomendo especialmente a primeira metade do livro, dedicada aos tabacos. Aprende-se muito. Eu, particularmente, a 'suguei', pois iniciei-me na arte de fumar cachimbos aprendendo o que pudesse sobre o instrumento em si e, agora, estou procurando o conhecimento sobre os diversos tipos de tabacos e misturas.
Futuramente publicarei um post que contenha um resumo sobre as principais variedades de tabacos e suas características, para referências futuras. Pretendo incluir as mais diversas fontes possíveis para esta minha mini-pesquisa.
Foi meu primeiro modelo totalmente reto e entendi porque recomendam modelos assim para novatos. Esquenta menos e é mais fácil de fumar.
Já o fumei duas vezes com o Pirate Kake da Cornell & Diehl (70% latakia cipriano). Já na segunda fumada deu pra perceber uma grande diferença para a primeira. Sente-se o gosto do tabaco de uma forma menos amarga e parece que o sabor do Latakia se destaca ainda mais, o que deixou a fumada muito mais saborosa.
Com certeza este cachimbo ainda vai melhorar muito à medida que o bolo for se formando, mas a segunda fumada já foi extraordinariamente gostosa. Creio que esta grande diferença da primeira para a segunda fumada tem a ver com o fato de esse cachimbo não possuir qualquer tipo de preparo inicial no fornilho.
Além de tudo isso, o cachimbo é extremamente leve e gostei bastante desse fato.
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Recentemente adquiri outro cachimbo de coleção particular. Este já foi fumado e é um Comoy's Satina formato canadian. Este cachimbo foi muito bem cuidado e passou por uma manutenção e revisão básicas antes de ser posto a venda.
Imagens do cachimbo:
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Adicionalmente, estou lendo o livro do Alfredo Maia "Tabacos e Cachimbos". Leitura obrigatória para todos os cachimbeiros brasileiros. Recomendo especialmente a primeira metade do livro, dedicada aos tabacos. Aprende-se muito. Eu, particularmente, a 'suguei', pois iniciei-me na arte de fumar cachimbos aprendendo o que pudesse sobre o instrumento em si e, agora, estou procurando o conhecimento sobre os diversos tipos de tabacos e misturas.
Futuramente publicarei um post que contenha um resumo sobre as principais variedades de tabacos e suas características, para referências futuras. Pretendo incluir as mais diversas fontes possíveis para esta minha mini-pesquisa.
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